Wednesday, December 20, 2006

ECS - Atividade 11


Muitos conflitos e influências marcaram a formação e o desenvolvimento do sistema educacional no Brasil. Durante longo período o ensino particular era a única opção e era freqüentado pelos filhos da elite social: a classe dominante.
Ainda na década de 60 as comunidades menos favorecidas e os moradores da zona rural continuavam longe de ter acesso a escola de forma abrangente.
Percebemos o progresso da educação brasileira nas últimas décadas, analisando a realidade que nos cerca, fazendo uma retrospectiva, comparando-a com o texto: “Desigualdades Educativas Estruturais no Brasil”: nos anos 60 e 70, somente existiam escolas de 1ª a 5ª série e as demais séries de Ensino Fundamental somente em escolar particulares. Quem freqüentava? Somente as pessoas que tinham melhores condições financeiras, pois não havia transporte escolar e o valor das mensalidades era alto. Poucos moradores da nossa comunidade tiveram acesso a esta escolarização e em virtude desta situação várias pessoas permaneceram analfabetas, porque moravam na zona rural onde a universalização do ensino não atingiu.

Isso ainda reflete hoje no contexto escolar de nossa Escola, pois temos pais e/ou avós, familiares de nossos alunos que são completamente analfabetos e percebemos como dificulta a comunicação, principalmente porque são pessoas que moram afastadas e nem um bilhete comunicando algo podemos enviar em se tratar de pais e avós de alunos da 1ª série, enquanto não alfabetizados as dificuldades são maiores.
Somente no final dos anos 70 passou a existir o Ensino Fundamental de oito anos no município em Escola Pública da rede estadual, mas deslocar-se até a escola sem transporte escolar gratuito era difícil, novamente uma grande parte dos alunos continuavam encerrando sua escolarização na 5ª série.
Nos anos 90 tivemos a nuclearização das escolas. As escolas municipais foram fechadas e os alunos transferidos para as escolas estaduais e a disponibilidade do transporte escolar para todos os alunos. Este foi um grande progresso no ensino: as escolas lentamente foram equipadas, merenda abundante, um professor para cada série (antes era multisseriada), a permanência do aluno na escola, diminuição do índice de evasão e repetência.
Com a inexistência da Rede Particular nos municípios próximos, o que acontecia era a transição entre alunos da rede municipal e estadual.
Para suprir estas falhas e lacunas, criaram-se os exames supletivos e o EJA - Educação e Jovens e Adultos – que geralmente visam a Certificação e não a aprendizagem efetiva.

1 Comments:

Blogger Mara said...

Oi Gizelda!
Tuas colocações são fortes, pois articuladas a tua realidade e a tua vivência como estudante e professora. Novamente sugiro que, em algun momento, aprofundes tua colocação: "Para suprir estas falhas e lacunas, criaram-se os exames supletivos e o EJA - Educação e Jovens e Adultos – que geralmente visam a Certificação e não a aprendizagem efetiva". E Será que esta situação ocorre apenas em relação ao EJA? Profª Mara N Silva

12:58 PM  

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